quinta-feira, 26 de maio de 2011

Interpretação de texto

PROFª Fabricia Alcantara 4º ANO DATA ____/____/___

Cão! Cão! Cão!
Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. Cão não muito grande, mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. Abriu a porta e cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!" O cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado alguma coisa. O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E você, casou também?". O cão passou pela sala, o tempo passou pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu definitivamente foi o tio... Você se lembra dele?" "Lembro, ora, era o que mais... não?" O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou com as patas sujas no sofá (o tempo passando) e deixou lá as marcas digitais da sua animalidade. Os dois amigos, tensos, agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi. Despediu-se, efusivo como chegara, e se foi. Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: "Não vai levar o seu cão?" "Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu não. Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse seu. Não é seu, não?"
Moral: Quando notamos certos defeitos nos amigos devemos sempre ter uma conversa esclarecedora.
(Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro, Nórdica, 1991. p. 102-3.)
1- Releia o trecho:
“(...) cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante.”

a) Explique por que o dono da casa exibiu um “sorriso amarelo” diante dessa situação:
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b) Por que o visitante reagiu com “perfeita indiferença” em relação à atitude do cão?
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2- Quando o dono da casa perguntou ao visitante se ele não ia levar o cão, ele respondeu: “Cão? Cão? Cão? (...)”. Por que ele agiu dessa maneira?
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3- No final do texto, há a moral da história. Ela está de acordo com o texto? Explique sua resposta:
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4- Retire do texto uma expressão que indica a passagem do tempo:
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